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Numa barca de gáveas partidas

contra luz no Atlântico / JR 2016

Passageiro clandestino no Navio Escola Sagres, que saiu ontem de Lisboa para chegar ao Rio de Janeiro antes da cerimónia de abertura dos jogos olímpicos de 2016, quase que sou apanhado pela velajadora Joana Prates, que viaja com todas as autorizações,  ao ficar a olhar, embasbacado, para as 10 velas redondas e as 13 velas latinas desta jóia da Armada Portuguesa. Felizmente apercebi-me da situação e escondi-me a ler um dos romances que trouxe para a travessia, mais precisamente um dos vários sobre a vida de Horatio Hornblower, o oficial da Armada de Nelson,  personagem recriado pelo meu colega e grande autor de biografias e romances históricos, C.S Forester 

Regresso mágico à Paris de Amadeo

Paris, oitavo bairro, Foto JR

É bem verdade que um dos prazeres das viagens é poder voltar aos lugares que já visitamos seduzidos pelo olhar mágico de outros visitantes. Esta sedução funciona melhor se já gostamos de quem nos seduz, como acontece, no meu caso, relativamente a Alexandra Lucas Coelho, de cuja escrita sou leitor e que hoje,  pelo que ela escreveu, no jornal Público, sobre duas exposições, a de Amadeo, no Grand Palais, e a dos Jardins d’Orient, no Instituto do Mundo Árabe, levou-me de volta a Paris. Como disse Marcel Proust, "le véritable voyage de découverte ne consiste pas à chercher de nouveaux paysages mais à voir avec de nouveaux yeux."